POESIA DO LEVANTE PALESTINO * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros/PCTB

POESIA DO LEVANTE PALESTINO

Os sausans palestinos acompanham a sua dignidade alta e “ondulante” nestes traços que reverenciam a sua origem, que prestam homenagem ao seu sofrimento e indispensável povo palestino, esperança da humanidade.

Garota acenando
José Antonio Martín Acosta
(Extrair)

Em que cela os assassinos do seu país o colocaram?
Em que atoleiro?
Em que escuridão?
Menina de imensa coragem
Garota de paixão inevitável
Garota lutadora
dando um tapa no diabo
Atirando pedras nos tanques
Agitando a bandeira impossível do seu país
Garota atirando
Garota de sangue em palavras
Garota armada com entusiasmo
garota enorme
garota alada
Da sua cela inóspita
A luz da esperança entra pela janela
Outras garotas como você
Eles sairão para o pátio que resta
para sua terra natal
Eles vão dar um tapa nos soldados
Eles perderão o medo de serem alvos
E por seu sangue e sua voz
E por sua vida e sua palavra
Palestina estará livre
Algum dia
Talvez
De manhã. 
Yolanda Delgado 
(cantora, musicista, poetisa, cartunista, antropóloga da palavra, amiga solidária)
POESIA PALESTINA DESDE COLÔMBIA
¡LIBERTAD PARA GAZA!

Es de noche, el mundo duerme plácidamente...
En Gaza, se vive el desconcierto de las horas, la muerte se pasea como un espectro silencioso, mientras los gritos desgarradores de una madre anuncian al mundo que su hijo le ha sido arrebatado por una bomba mortal...

Los edificios arden como una tea, el humo oculta la luz de la madrugada.
Gaza llora, el mundo adormece su conciencia.
¡En el nombre de Alá, el único, el misericordioso...que cese la guerra! Clama una madre herida...
Humo y silencio, soledad, cuerpos mutilados y pena,
¡Alá sea bendito y no nos abandone y nos otorgue paciencia!
La tristeza, hace emerger mis versos,
mi voz se ha hecho lúgubre, gutural, liturgia, de un sufrir antiguo, recuerdos crueles de esos ayeres vividos en mi Patria, cuando el genocidio también fue patrocinado por el aguila imperial...

Sigue iluminándose el cielo con los bombardeos inhumanos...
¿Cómo no involucrarnos si en cada bomba se vomita sangre?
¿Cómo no condolernos si cada vez en Gaza se vive en el umbral del averno?
Asombrada veo como se ha perdido la esencia de lo humano, la tinta de mi pluma se ha esparcido más allá de este mundo timorato, que intercambia papeles, selfies con tu kufiya, pomposos discursos en las tribunas, rasgándose las ropas, agitando tu bandera, ¡Pero no es suficiente! En Gaza los cuerpos mutilados ya se cuentan por miles, resultado de esos chacales sionistas que no se detienen con su aquelarre de maldad...

¡Alá bendito y misericordioso, ten piedad!
Siembra de esperanzas los trigales, que la llama de tu justicia crezca, se enmudezca el grito y se sequen las lágrimas...
Anuncia está prohibido se siga paseando por el valle, en los olivares, la parca,
¡Ten misericordia, detén el genocidio, concede se libere Gaza!
Sus niños, merecen reir, trinar como golondrinas, volar libres y felices como mariposas, sin miedo a la muerte, sin horror y tristezas, los niños de Palestina merecen su tierra y su identidad...

Silvia Elena Maya Vega/Nicarágua
Gaza
(Ou: eles não podem continuar nascendo)
_Pedro Tierra*_

30 mil mortos.
Essa informação cabe num verso?
Metade dos mortos nessa guerra são crianças.
Com que material será escrita a poesia desse tempo?

Gaza:
70% dos corpos identificados são mulheres.
Contando as grávidas.

Move-se uma guerra contra o ventre
das mulheres palestinas.

Elas não podem continuar nascendo...
Elas não podem continuar nascendo...
Elas não podem continuar nascendo
em Gaza.

Elas não podem continuar nascendo
em Ramallah.

Eles (os palestinos)
não podem continuar nascendo.

Oitenta e quatro anos depois de Auschwitz,
move-se diante dos meus olhos de espanto
uma guerra de extermínio
contra mulheres e crianças.

Move-se diante dos meus olhos gastos
pela contemplação dolorosa da saga
em busca da ressurreição possível
uma guerra contra mulheres e crianças
sobre as areias de Gaza.

_“Em Ramá se ouviu uma voz,_
_muito choro e gemido._
_É Raquel que chora_
_os filhos assassinados_
_e não quer ser consolada_
_porque os perdeu para sempre”_ (Mt.12,18)

(Não serei a voz,
desde o conforto da sombra
que me abriga,
nesse ocaso da vida,
que direi aos escravos enfurecidos
como sacudir dos ombros
a opressão que os esmaga.)

Acender a memória
da explosão do Hotel King David,
22 de julho de 1946 às 12:37.
Jerusalém foi sacudida:
91 mortos. 45 feridos.
Que nome dar a esse ato?
Perguntem a Menachen Beguin.

Hoje, é preciso desenterrar
os deslocados para lugar nenhum.
Os que já não podem retornar
dos escombros, das areias,
das cinzas, do vento que sopra
sobre a memória de Gaza.

Por onde andará Islam Hamed?

É preciso reacender sobre sua ausência
a luz do sol bombardeada
na tarde de ontem.
E perguntar ao coração das bombas:
que destino aguarda um milhão e meio
de palestinos acantonados em Rafah?

Escombros nas ruas.
Escombros de corpos.
Escombros nas almas.

_“Ficou muito irado e mandou massacrar,_
_em Belém e nos seus arredores,_
_todos os meninos de dois anos para baixo,_
_conforme o tempo exato_
_que havia indagado aos Magos._ (Mt,12-16)

Não há luz no Hospital Al-Shifa
que permita fazer uma sutura
nos corpos destroçados
pelos bombardeios.

Uma sutura no corpo da Palestina:
haverá uma geração de mutilados
condenados a mirar sem ternura
na dor aguda dessa perna que falta,
na pele que já não protege
a carne exposta,
as digitais de Benjamin Netanyahu.

Recolho o espanto e me afasto
enquanto ouço a voz rouca
que emerge do sul e parte em pedaços
os espelhos cegos da indiferença do mundo...

*_*Pedro Tierra é poeta. Ex-presidente da Fundação Perseu Abramo._*

_Brasília, dez. 2023/ fev. 2024._

24 HORAS DE TRÉGUA
(um desabafo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu)


24 horas de trégua
Para contar os nossos poucos mortos e feridos
Pra saber do numero crescente de palestinos assassinados
Cem, quinhentos, mil?

24 horas de trégua
Para poupar em Gaza
Centos de vidas inocentes
Bem, nem tão inocentes
São palestinos
No seu covil

24 horas de trégua
Para entenderem
Quem é que manda aqui
E que responderemos a cada intifada
A cada pedra, estilingue, ou cusparada
Com uma saraivada de tanques, misseis, aviões e balas

24 horas de trégua
Para recolherem seus trambolhos
Sua resistência
Sua dignidade
Sua poeira
E deixar o campo livre
- a Palestina livre! -
Para os nossos colonos

24 horas de trégua
Para entenderem
Que isto não é uma guerra
-tal vez nossa vingança nos mais fracos
Dos horrores sofridos no Holocausto?-

24 horas de trégua
Para refletir
Que isto também não é um conflito
Por se algum desavisado
Ainda se iludir com a nossa resposta
- bombardeios em massa! -
A um míssil vindo do deserto
Do Hamas
De um teto de lata
Ou de uma simples cama
24 horas de trégua
Para que o mundo entenda de uma vez por todas
Que não queremos uma simples guerra
O que queremos finalmente
É um genocídio
Terrível, quotidiano e contundente!

Carlos Pronzato
Domingo 27 de julho de 2014, durante a trégua...
(Encontrei este poema num livro meu de 2015: Poemas de Combate. Em uma década nada de novo no horizonte israelita)
Fátima detém o solo da pátria, "Um punhado de terra, da terra das laranjas tristes, leve para aqueles tolos apaixonados pela América. Talvez se sentirem o cheiro deste solo, eles voltem a si.

Os agricultores (fellaheen) usam uma AK-47 para arar a terra seca incrustada com Estrelas de David, semeando-a com sementes de amor. (Abril de 1987)
COMBATER O NASZIFASCISMO É NECESSÁRIO!

É interessante observar
Os mentirosos oportunistas
Vereadores cara de pau
Que só lembram das periferias...

Em ano eleitoral
Muitos chegam mentindo
Falando de emendas
De projetos de obras prontas...

Que eles não participaram
Iludindo os eleitores:
Muita gente cai
 no laço
Trocando o voto por engodos...

Engodo tipo, miseras sestas básica
E outras quinquilharias
Que de forma descarada
Figurões cara de pau...

Enganam muitos do eleitorado:
De má fé ilude o povo
Apontando pontes concluída
E água encanada no bairro...

Se apropriando de projetos
De obras que eles não participaram
Sujeitos de má fé desse tipo
Os eleitores não podem do espaço...Bom

Da mesma forma
Agindo de má fé
Se encontram prefeitos enganadores
Senadores e deputados...

... estadual e federal
É mesmo desse jeito
Que os maus políticos agem
Em defesa do podre capitalismo...

Impedindo que a maioria do povão
Tome conhecimento da importância
De todos participarem da política
Para fazer as grandes mudanças....

Partindo das bases
Por assalariados conscientes
Agindo na vertical
De baixo para cima...

Cortando o mal pela raiz
Sem do espaço, a estupidez
Dos reacionários nazifascistas
Banindo todos os influentes no poder...

Ramificados de forma sutil
Nos três níveis da federação
É preciso que sejam identificados
E banidos da política da nação! ...
 
José Ernesto dias
São Luís, Maranhão – 08 de maio de 2024
CALE 13
CANTA PALESTINA

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